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Ouro Preto

domingo, 18 de abril de 2010

Testamento de Tiradentes

TESTAMENTO


Alferes de cavalaria, meus pertences são poucos; não peneirei o ouro nos córregos de Vila Rica. Nem descobri diamantes nas lavras do Tejuco. Minha riqueza é diversa e meu legado é de idéias. Que não pagam o quinto, nem se perdem com o tempo. Idéias livres, germinando entre os homens. Idéias que a própria morte não apagará.

À Gonzaga, deixo os campos do exílio, o consolo do verso, a tristeza de Marília.

À CLáudio Manuel da Costa, deixo a cela da prisão, e o fim prematuro, em circunstâncias duvidosas...

À todos os outros, deixo o degredo perpétuo. Longe das montanhas, sem pátria e sem família.

Á Peixoto, deixo Bárbara Heliodora sob forma de lembrança, transfigurada em saudade.

Aos homens do futuro deixo meu corpo dividido.

Uma bandeira vermelha e branca.

Uma frase em latim.

E as idéias, os ventos da liberdade...
 
 

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